NATYA: TEATRO CLASICO DA INDIA
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SINOPSE
Em Natya, um pouco da complexidade da sociedade indiana é revelada ao leitor, pelas lentes de uma de suas mais encantadoras manifestações culturais, o seu teatro-dança clássico. O autor explica e destrincha os ritos e segredos desse teatro, sua exuberância e riqueza, a relevância simbólica de gestos, tramas, cores e luzes, sem descuidar de apontar algumas das muitas contradições de uma sociedade de castas desigual, rígida e sexista. O livro é uma janela por onde podemos observar e sentir um pouco dos mistérios e do fascínio de uma sociedade milenar.
QUARTA-CAPA
Natya: Teatro Clássico da Índia é um olhar apaixonado e profundo sobre as tradições e os desafios de uma cultura milenar, vistos por um de seus grandes especialistas entre nós. Almi...(Resumo completo abaixo)
SINOPSE
Em Natya, um pouco da complexidade da sociedade indiana é revelada ao leitor, pelas lentes de uma de suas mais encantadoras manifestações culturais, o seu teatro-dança clássico. O autor explica e destrincha os ritos e segredos desse teatro, sua exuberância e riqueza, a relevância simbólica de gestos, tramas, cores e luzes, sem descuidar de apontar algumas das muitas contradições de uma sociedade de castas desigual, rígida e sexista. O livro é uma janela por onde podemos observar e sentir um pouco dos mistérios e do fascínio de uma sociedade milenar.
QUARTA-CAPA
Natya: Teatro Clássico da Índia é um olhar apaixonado e profundo sobre as tradições e os desafios de uma cultura milenar, vistos por um de seus grandes especialistas entre nós. Almir Ribeiro nos faz uma vigorosa e amorosa introdução às artes e ao sagrado da Índia, de seus textos clássicos até seus principais expoentes na atualidade.
Começa por abordar a tradição cultural da dança épica, os textos fundadores e mitos, o contexto atual, sem esquivar-se contudo dos renitentes problemas sociais que também se manifestam na esfera das artes, como a rigidez hierárquica das castas e o sexismo, sempre com base em sua profunda experiência pessoal. Depois, analisa a relação do teatro hindu com o Ocidente, sua recepção e a influência exercida em personagens fundamentais como Gordon Craig, Richard Schechner e Peter Brook. Aqui, as distintas facetas da experiência pessoal e da tradição cultural se aglutinam para compor uma obra que ultrapassa sua especificidade e nos aproxima de uma rica e viva cultura.
ALMIR RIBEIRO
É doutor em Artes pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutor em Letras pela Universidade do Porto e em Artes Cênicas pela USP, além de mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Filosofia pela Universidade de Barra Mansa (UBM). Pedagogo, diretor teatral, professor e pesquisador de teatro oriental, há mais de trinta anos pesquisa e escreve sobre as formas de dança e teatro clássicas hindus. É colaborador do projeto Mapping Dreams para estudos utópicos, vinculado à Universidade do Porto. Em 2018, colaborou com o Ifict (Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral), fundado por Adolfo Gutkin, em Lisboa, onde fez palestras e encenou o espetáculo Vertigo. Foi fundador e diretor do Teatro Mínimo do Rio de Janeiro, núcleo de produção e pesquisa sobre teatro oriental, no qual produziu vários espetáculos: O Processo (2004), O Destino dos Punhais (2003), A Dança da Mohini (2002), Mil e Uma Noites (2000), Índia (1999), Viagem a Jericó (1994), entre outros. É ainda autor de Adolfo Gutkin: Utopia e Teatro Multicultural (Verbi, 2020), Depois de Isadora Duncan Nunca Houve Tanto Mar (Giostri, 2019), Adolfo Gutkin: A Utopia Multicultural e Rebelde (Giostri, 2019), e Gordon Craig: A Pedagogia do Über-marionette (Giostri, 2016).
DA CAPA
Imagem da capa: Kottakkal Nanda Kumaran, performance de Kathakali. Foto de Aglaia Azevedo. A riqueza de cores, a evidência do gesto, a as texturas e formas na máscara e na roupa. A magia do teatro clássico se deixa entrever nessa imagem de performance de khathakali.
TRECHOS
Há muito tempo, em um passado quando apenas a mitologia guardava a verdade final das coisas, havia no céu dançarinas que se dedicavam exclusivamente a deleitar os deuses com sua arte. Urvashi, a mais celebrada entre todas as dançarinas celestes, foi convidada pelo rei dos deuses, Indra, para se apresentar diante dele e de sua corte. Urvashi extasiava a todos com sua graça e beleza, mas seus olhos encontraram os de Jayanta, o filho de Indra. Os dois jovens se apaixonaram imediatamente e Urvashi, involuntariamente, deteve seus passos por alguns segundos. O sábio Agatsya, que se encontrava totalmente enlevado pela dança, ao ver que Urvashi se distraiu e interrompeu?por um segundo? sua performance, amaldiçoou os dois enamorados dizendo que eles nunca mais se veriam novamente. Urvashi, daquele momento em diante, deveria reencarnar para sempre como uma dançarina, e Jayanta, como uma árvore, nas florestas das montanhas. Os dois se jogaram diante dele e imploraram por perdão. O sábio se compadeceu, mas não podia retirar sua palavra. Criou, então, um subterfúgio: eles se reencontrariam todas as vezes que Urvashi subisse ao palco para dançar.
Está escrito que o sábio Bharata Muni criou um quinto Veda como uma forma cênica dramática em que o texto se conjugasse à ação e ao movimento. Sua função seria favorecer a apreciação universal dos quatro primeiros livros sagrados do hinduísmo, cujo estudo era reservado aos membros da alta casta dos brâmanes. Para orientar a execução adequada desse Veda dinâmico, o sábio escreveu um compêndio, em forma de manual, com as definições exatas de sua técnica, suas estéticas, sua pedagogia e ética. Esse enorme esforço estruturante da linguagem da cena indiana é conhecido como Tratado Sobre as Artes Dramáticas ou Natya Shastra.
O que normalmente reconhecemos como dança indiana é, na verdade, também teatro. A palavra natya engloba essas duas ideias de maneira amalgamada e indissociável. Não se pode defini-la tampouco como o teatro-dança que conhecemos, pois a mescla dos elementos das duas linguagens se dá de maneira muito singular e simbiótica. Sempre que se mencionar aqui neste livro a palavra teatro ou dança da Índia, entenda-se natya. Nas formas clássicas de teatro da Índia, o ator é invariavelmente um dançarino. E vice-versa.
SUMÁRIO
I. Primeiro Olhar
1. Sobre o Olhar: Apresentação
2. Bharata Natya
3. Mohiniyattam
4. Odissi
5. Kathakali
II. Eternos Diálogos Com a Índia Eterna
1. Uma Introdução ao Teatro e ao Sagrado da Índia
2. Gordon Craig e Ananda Coomaraswamy: Nascentes do Diálogo Com a Índia
3. Outras Margens: Rustom Bharucha e Richard Schechner
4. Interculturalismo e Índia
5. Índia e O Mahabharata de Peter Brook
6. A Terceira Margem: Diálogos Com o Que É Outro
Referências
Créditos das Imagens
Índice de Nomes e Termos
Código de Barras: 9786555050868
Tipo de Item: Livro
Título: NATYA: TEATRO CLASICO DA INDIA
Subtítulo:Teatro Clássico da Índia
Artista(s):
Número de Páginas: 296
Editora: Perspectiva
(Os dados técnicos do produto informados acima foram fornecidos pelo fabricante. Embora não seja comum, variações podem ocorrer)
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