De sonho e de desgraça - Butter, David (Autor)
R$ 62,00
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Cidades têm as suas mitologias. Têm o seu Olimpo e o seu Hades, o seu rol de deuses e demônios, os seus picos e os seus abismos, as suas histórias exemplares e os seus vexames, as suas zonas de indecisão entre fato e lenda. No acervo mitológico do Rio de Janeiro, o Carnaval de 1919 ocupa uma dessas zonas.
Foi o primeiro carnaval depois do fim da Grande Guerra. Foi também o primeiro carnaval depois da voragem da Gripe Espanhola, a mais avassaladora pandemia a abater a cidade até então. Entre setembro e dezembro de 1918, a doença, inicialmente desprezada, infectou 600 mil pessoas e matou 15 mil números aproximados, talvez subestimados, num universo de cerca de um milhão de habitantes.
Foi um carnaval que, por décadas, povoou as memórias próprias e emprest...(Resumo completo abaixo)
Cidades têm as suas mitologias. Têm o seu Olimpo e o seu Hades, o seu rol de deuses e demônios, os seus picos e os seus abismos, as suas histórias exemplares e os seus vexames, as suas zonas de indecisão entre fato e lenda. No acervo mitológico do Rio de Janeiro, o Carnaval de 1919 ocupa uma dessas zonas.
Foi o primeiro carnaval depois do fim da Grande Guerra. Foi também o primeiro carnaval depois da voragem da Gripe Espanhola, a mais avassaladora pandemia a abater a cidade até então. Entre setembro e dezembro de 1918, a doença, inicialmente desprezada, infectou 600 mil pessoas e matou 15 mil números aproximados, talvez subestimados, num universo de cerca de um milhão de habitantes.
Foi um carnaval que, por décadas, povoou as memórias próprias e emprestadas de cronistas como Nelson Rodrigues, Mário Filho, Austregésilo de Athayde, Vina Centi e Carlos Heitor Cony que nasceu em 1926. Foi um carnaval que passou à posteridade como de liberação e de alívio, de desejo e de vingança. Foi um carnaval puxado por pessoas que haviam visto a morte de perto: se não por terem dela escapado elas mesmas, por terem presenciado, no mínimo, a agonia de amigos e parentes. No auge, na Terça-Feira Gorda, o Carnaval de 1919 levou cerca de 400 mil pessoas ao Centro do Rio de Janeiro, de acordo com a estimativa um tanto livre do jornal A Noite.
O que aquelas testemunhas e aqueles sobreviventes fizeram nas ruas naquele e noutros dias? O que elas e eles imaginaram durante e depois da folia?
Com uma pesquisa cuidadosa e inédita, David Butter reconstrói essa história em detalhes. Não há momento mais oportuno do que este 2022 para relembrarmos aqueles dias, feitos de sonho e de desgraça, de tristeza e de esperança.
Código de Barras: 9786586464849
Tipo de Item: Livro
Formato da Edição: Brochura
Data de Lançamento: 04/03/2022
Idioma: Português
Título: De sonho e de desgraça
o carnaval carioca de 1919
Autor(es): Butter, David (Autor)
ISBN: 9786586464849
Número de Páginas: 328
Editora: Morula
Selo: Mórula Editorial
Área: Humanidades
Assuntos: carnaval,pandemia,gripe espanhola,rio de janeiro
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
(Todos os dados acima conforme informados pela editora)
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