COR DO INCONSCIENTE , A - SIGNIFICACOES DO CORPO N
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SINOPSE
O sofrimento psicológico é uma das marcas mais dolorosas do racismo. Pensar-se a si num contexto em que a cor de sua pele é alvo de discriminação, buscar seus valores mais profundos, fazer seu corpo emergir, respirar, fazer fluir uma memória pessoal que lhe recupere o equilíbrio, seu amor próprio, demonstrar a potência de sua cultura, de suas raízes, eis um trabalho dos mais0769 complexos e árduos que se possa exigir de uma pessoa. Não a toa, Isidinha Baptista Nogueira vem publicar esse seu trabalho seminal apenas agora, depois que circulou subterraneamente por duas décadas. A Cor do Inconsciente é um grito de liberdade!
QUARTA-CAPA
Isildinha Baptista Nogueira é uma pioneira. Foi das primeiras a abordar com o instrumental psicanalítico tant...(Resumo completo abaixo)
SINOPSE
O sofrimento psicológico é uma das marcas mais dolorosas do racismo. Pensar-se a si num contexto em que a cor de sua pele é alvo de discriminação, buscar seus valores mais profundos, fazer seu corpo emergir, respirar, fazer fluir uma memória pessoal que lhe recupere o equilíbrio, seu amor próprio, demonstrar a potência de sua cultura, de suas raízes, eis um trabalho dos mais0769 complexos e árduos que se possa exigir de uma pessoa. Não a toa, Isidinha Baptista Nogueira vem publicar esse seu trabalho seminal apenas agora, depois que circulou subterraneamente por duas décadas. A Cor do Inconsciente é um grito de liberdade!
QUARTA-CAPA
Isildinha Baptista Nogueira é uma pioneira. Foi das primeiras a abordar com o instrumental psicanalítico tanto a dimensão sociocultural como subjetiva da condição de negro no Brasil
e a primeira a incluir a discussão do corpo. Num trabalho que traz muito de um profundo mergulho em si mesma, na condição de mulher, negra e brasileira, ela delineia as muitas amarras que interditam o desenvolvimento da pessoa, a autodepreciação e processos autodestrutivos culturalmente introjetados numa sociedade racista. Se o inconsciente traz as marcas das memórias da formação de todos, como dizia Freud, as vivências díspares, de valoração oposta, de negros e brancos, mostram que, sim, na subjetivação dos corpos brasileiros, pode-se dizer que ele tem cor. É cavando fundo nas neuroses nossas de cada dia que A Cor do Inconsciente: Significações do Corpo Negro expõe as raízes do racismo entranhado e que, apequenando os indivíduos que o sofrem, amesquinha os que o exercem e envenena o país.
ISILDINHA BAPTISTA NOGUEIRA
É mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutora em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP). Fez sua formação nos Ateliers de Psychanalise, em Paris, com Radmila Zygourys, uma das fundadoras da instituição.
COLEÇÃO
A coleção Palavras Negras reúne textos de intelectuais negros e negras, produzidos em diferentes contextos, como o acadêmico e o dos movimentos sociais. O objetivo é lançar e reeditar obras que contribuam para a análise das relações raciais no Brasil, abordando também questões de gênero e classe. Palavras Negras que inspirem reflexões e ações antirracistas.
DA CAPA
Imagem da capa: detalhe de pintura de Willem De Kooning, c. 1948.
Linhas expressionistas tendem a forma um corpo sobre um fundo negro com notas alaranjadas, o conjunto remete à ideia de processos de significação envolvendo o trabalho psíquico.
TRECHOS
DO PREFÁCIO, por Kabengele Munanga
Sem dúvida, a luta pela libertação do negro passa necessária e absolutamente pela desconstrução das imagens negativas contra ele forjadas pela ideologia racista e pela reconstrução de novas imagens que o libertem da alienação e da negação de sua humanidade. Porém, a questão que se coloca e que está no cerne de A Cor do Inconsciente é saber como essa luta poderia ter êxito se as imagens e as representações negativas do corpo do negro introjetadas pela educação e por outros mecanismos súteis que participaram da configuração de sua psique não foram tocadas. Pele Negra, Máscaras Brancas (Ubu, 2020), de Frantz Fanon, alude a esse processo de alienação do negro, mas a reflexão à qual o livro de Isildinha nos convida é a de como tirar essas máscaras brancas se não temos acesso ao ateliê do artista que as fabricou, ateliê onde foi configurada a psique do negro na imagem da brancura que ele gostaria de incorporar para se libertar totalmente.
Na minha interpretação, o problema não está na máscara em si, mas no cérebro que a fabrica e cujo controle escapa à nossa consciência de luta como vítima do racismo. Como lutar contra um inimigo cujo processo de formação e de atuação não conhecemos? Precisamos descobrir como ele se constituiu e quais as estratégias que ele coloca em jogo para buscar os caminhos de sua libertação.
DO LIVRO
Como combinado, fui ao evento, levando um bilhete que ele me pediu que entregasse a uma pessoa que estaria na porta da Maison de LAmérique Latine, local do evento. Fui recebida gentilmente, os analistas e intelectuais europeus presentes me olhavam surpresos, mas se dirigiam a mim de maneira acolhedora. Os analistas e intelectuais brasileiros me dirigiam um olhar de espanto e pouco amigável. Nunca soube o que estava escrito naquele bilhete, mas tive um acolhimento que jamais havia experimentado no Brasil. Afinal, eu era apenas uma estudante em início de carreira, uma ilustre desconhecida. Hoje, lembro disso, dou muita risada. Só Felix poderia ter feito algo assim.
Feitas as apresentações, fiz uma fala curta e insegura, própria de alguém que havia apenas começado a pensar a própria negritude, mas que passaria, a partir daí, a ser um pensar permanente, de entender o complicado mecanismo psíquico que se desenrola no intrincado processo de se tornar sujeito, um sujeito negro. Da tribuna de onde falei, vi que os analistas franceses, muitos dos quais mundialmente conhecidos, falavam entre si e uma dentre eles, Radmila Zygouris, amiga de Felix, dirigindo-se a mim, disse: Essa fala é você, e tudo quanto a psicanálise ou analistas ainda não pensaram, uma falta. Em seguida fui convidada para jantar com o grupo, muitos dos quais se tornaram meus mestres, pessoas importantes na minha formação. Como diziam os amigos que fiz na França, passei por uma escola peripatética de psicanálise, por conviver dia a dia com analistas com quem muito pude aprender.
SUMÁRIO
Apontamentos da Memória
Apresentação [Abrão Slavutzky]
Prefácio [Kabengele Munanga]
Introdução
PARTE I. Dimensão Sociocultural da Condição de Negro
1. A Constituição do Indivíduo na Sociedade
2. As Representações Sociais
PARTE II. Dimensão Psíquica da Condição de Negro
3. As Estruturas da Condição Subjetiva
4. O Corpo Negro Como Categoria Imaginária e Simbólica
5. A Condição de Negro Vivida Como Privação
6. Estudos de Casos
Por Fim
Posfácio [José Moura Gonçalves Filho]
Código de Barras: 9786555050769
Tipo de Item: Livro
Título: A COR DO INCONSCIENTE: SIGNIFICAÇÕES DO CORPO NEGRO
Artista(s):
Número de Páginas: 192
Editora: Perspectiva
Assuntos: Psicanálise e Racismo
(Os dados técnicos do produto informados acima foram fornecidos pelo fabricante. Embora não seja comum, variações podem ocorrer)
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